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Dia 11 de Junho - FINAL DA RETIRADA DA LAGUNA

Escrito por Sd EV MATAVELLI | Publicado: Sábado, 11 de Junho de 2022, 08h00 | Acessos: 80

A ocupação do Sul do Mato Grosso por tropas paraguaias, no início da Guerra da Tríplice Aliança, provocou comoção no Império. Foi organizada uma tropa que saiu de São Paulo, em abril de 1865, e percorreu centenas de quilômetros, até chegar na área de conflito, a cavalo e a pé. A partir de Coxim, a tropa deslocou-se até Miranda, marcha que custou centenas de vidas. De Miranda até Nioaque, a situação agravou-se, inclusive com a perda quase que total da cavalhada por doença. Mas, nessa cidade, apresentou-se ao coronel Carlos de Morais Camisão, comandante da coluna, o fazendeiro José Francisco Lopes, que entregou centenas de cabeças de gado à tropa e disponibilizou-se como guia.

Camisão, apesar dos problemas logísticos, decidiu avançar. Em 21 de abril de 1867, a coluna com 1.800 militares invadiu o Paraguai, atravessando o rio Apa. A coluna brasileira conseguiu chegar até a Fazenda Laguna, 30 quilômetros ao sul da fronteira, mas a inexistência de gado ou outro recurso local obrigou a uma retirada, que se iniciou em 8 de maio.

Em 11 de maio, a tropa atravessou o Apa, e, no mesmo dia, sofreu uma emboscada que resultou na maior batalha da Retirada, no local atualmente chamado de Nhandipá. Os paraguaios se retiraram com centenas de baixas, mas levaram a maior parte do gado dos retirantes. A partir daí, a coluna foi assolada pelo clima, quente de dia e gelado à noite, com ocasionais tempestades, incêndios na vegetação, que sufocaram dezenas de homens, fome, cada vez mais grave, e pela cavalaria paraguaia, que montou sucessivas emboscadas. Mas o inimigo mais voraz foi o cólera, doença que passou a acometer cada vez mais brasileiros. Centenas morreram entre dores atrozes, inclusive o coronel Camisão e o guia Lopes.

Em Nioaque, ainda, uma armadilha deixada pelos paraguaios explodiu a igreja local, matou e feriu dezenas de soldados. Setecentos militares conseguiram chegar ao Porto do Canuto, nas margens do rio Aquidauana. Traziam intactos os canhões, as bandeiras e a honra.

Embora vista como uma operação militar malsucedida, a Retirada da Laguna é rememorada por ter sido, sem dúvida, uma demonstração extrema de persistência, abnegação, disciplina e patriotismo.

Dia 11 de Junho -  DIA DA LAGUNA 
 

Reportagem/ Edição de imagem: TC SIQUEIRA  |  Publicação/ Edição de artigo: 2º Ten GLAUCIVAN/ Sd EV MATAVELLI

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