Dia 11 de Junho - BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
No início da Guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai tinha muito mais tropas terrestres e armamentos que os aliados. A vantagem destes era a Marinha Imperial do Brasil, uma das mais poderosas do mundo na época.
Em maio de 1865, uma esquadra fluvial, a comando do chefe de divisão Francisco Manuel Barroso da Silva subiu o rio Paraguai e tomou a cidade argentina de Corrientes, ocupada por tropas paraguaias. Apesar dos paraguaios terem retomado a praça, esta ação parou o avanço paraguaio sobre a Argentina. O presidente paraguaio Francisco Solano Lopes decidiu então conduzir um ataque decisivo à Divisão Naval brasileira, estacionada no rio Paraguai, com as finalidades de aprisionar navios, inviabilizar as operações aliadas e retirar a ameaça ao seu próprio avanço. Reuniu uma flotilha que deixou a fortaleza de Humaitá na noite de 10 de junho de 1865. também tropas terrestres de artilharia, com o objetivo de atacar de surpresa.
Na região em que o rio Riachuelo desemboca no Paraguai, houve o encontro das flotilhas, sendo os brasileiros surpreendidos. Além do bombardeio naval, houve o ataque de baterias terrestres paraguaias posicionadas sobre as barrancas e um intenso esforço dos paraguaios que tentavam abordar para capturar os navios brasileiros. Os brasileiros tiveram reveses no início dos combates, com a perda de vidas e embarcações. Entretanto, Barroso teve uma ideia brilhante que inverteu a sorte da batalha. Determinou que a nau capitânia, o vapor Amazonas investisse contra o costado dos navios paraguaios, afundando-os em minutos. Tal tática naval não era usada em combate desde a Batalha de Lepanto, ocorrida em 1571.
Rapidamente quatro navios paraguaios foram a pique e a sorte da batalha virou. A flotilha paraguaia retirou-se com perda de vidas e navios.
A partir de Riachuelo, o Paraguai passou a uma situação de isolamento, com graves limitações de abastecimento e ligações com o restante do mundo.
Reportagem/ Edição de imagem: TC SIQUEIRA | Publicação/ Edição de artigo: 2º Ten GLAUCIVAN
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