05 DE OUTUBRO - TÉRMINO DA INSURREIÇÃO DE CANUDOS
A miséria e o abandono das populações do polígono das secas favoreciam o crescimento de movimentos messianistas e místicos. Em 1893, fixou-se, na localidade de Canudos, noroeste da Bahia, um místico errante, conhecido como Antônio Conselheiro.
Em pouco tempo o vilarejo chegou a um número entre 15.000 e 25.000 pessoas, sob a proteção e as ordens do Conselheiro. As determinações desse se sobrepunham às leis civis, o que causou inquietação nas autoridades regionais. Sua pregação, entre outras coisas, condenava o regime republicano como uma heresia, o que levou o governo da República a uma excessiva preocupação com o movimento messianista, vendo-o como uma rebelião monarquista.
Um incidente de natureza comercial levou a que um pelotão da polícia baiana fosse enviado para prender o líder em novembro de 1896. A expedição foi derrotada o que motivou uma segunda incursão, com um número maior de policiais. Também derrotada, esta segunda tropa aumentou a quantidade de armamento e munição nas mãos dos amotinados, assim como sua fé na santidade de seu líder.
O governo federal decidiu enviar uma tropa com 1.300 homens do Exército que, sem os devidos reconhecimentos e sem adequada preparação logística, também foi derrotada, com elevado número de baixas. Esse fato causou comoção nacional, com amplas repercussões políticas e na opinião pública. A quarta e última expedição iniciou-se em abril de 1897, com um efetivo de 8.000 militares.
Em 5 de outubro daquele ano, foram vencidos os últimos fanáticos defensores do arraial. Antônio Conselheiro havia falecido por doença em 22 de setembro.
Reportagem/ Edição de imagem: TC SIQUEIRA | Publicação/ Edição de artigo: Sd EV MICHAEL
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